terça-feira, 27 de maio de 2008

João Duarte Barcelos (*1921 + 2008)

Nascido em 10/06/1921, faleceu em 27/05/2008, na idade de 86 anos.
Filho de Miguel Duarte Barcelos e Maria Elisa Valim, era natural de São Francisco de Paula. Aos 33 anos casou-se com Lelina Batista dos Santos Barcelos, com a qual teve duas filhas. Uma natimorta e a segunda, Mariangela Barcelos Schuch. Enviuvou em 1982 e, após alguns anos, passou a viver com sua companheira, até o final, Jussara da Silva Reis, da qual adotou uma nova família, composta dos dois enteados Darlei e Alcione, suas esposas Vera e Sabrina e dois netinhos: Caroline e Bruno.
Seu João teve uma vida voltada para sua família, sua cidade e, principalmente, para sua igreja. Na Paróquia da Bênção Divina desempenhou diversas funções: todos os cargos da Junta Paroquial, presidente da Irmandade de Santo André, cantor do Coral Bênção Divina. Leitor Leigo durante muitos anos, foi o braço direito de diversos reverendos, com os quais manteve amizades profundas. Conduziu a paróquia durante um longo período em que à mesma esteve sem reverendo residente. Foi pioneiro no Movimento Ecumênico, uma vez que, pelo seu caráter e honradez, foi convidado por diversas vezes para ser o tesoureiro das festas da Igreja Católica Romana; tanto que, quando falecia alguém e os padres não podiam atender, era convidado para fazer as encomendações e sepultamentos. Apoiou também a Igreja Evangélica de Confissão Luterana no Brasil, a qual celebrou seus cultos por longo período, no templo da Igreja Episcopal. Na ausência dos pastores, era convidado a dirigir orações daquela Congregação.
Era uma pessoa que nunca dizia não para as causas sociais e religiosas. Com sua característica especial, a “bondade”, ajudou muitas pessoas, ensinando o ofício de tipógrafo. Com grande hospitalidade, juntamente com sua esposa Lela, acolhia a todos em sua residência, a qual era uma “casa cheia”. Abrigava pessoas que vinham do interior. Ele e Lela tiveram, inclusive, dois filhos adotivos: Sérgio Lopes e Paulo Jessé Reis.
Tio João, como era carinhosamente chamado por pessoas de várias idades, teve uma família pequena, porém a amava muito: a filha, o neto Cirilo, por quem tinha verdadeira devoção, sua namorada Caroline, e o genro Magno, o qual considerava um filho, bem como este o considerava um pai.
Viveu intensamente a vida. Teve muitos percalços e incontáveis momentos felizes, até os 82 anos, quando foi acometido de isquemias cerebrais, impossibilitando-o de andar e deixando-o acamado por quatro anos. Com muita fé e resignação, nunca se queixou ou revoltou-se, sendo um grande exemplo de fé, perseverança, força e amor à vida, sempre fortalecido pelas orações e cuidado irrestrito de sua família. Faleceu no Hospital Arcanjo São Miguel, também na cidade de Gramado.
Seu enterro foi muito emocionante, precedido de culto na Igreja Episcopal Anglicana, dirigido pelos reverendos Hermes e Onofre e pelo padre Evair, com a participação especial do Grupo Bocalis. Seu esquife foi conduzido, no cemitério, com gaita e violão, tocados pelos membros do Grupo Lazer dos Sábios e por seu neto Cirilo, todo o cortejo cantando o Hino de São Francisco de Paula, “São Francisco é Terra Boa”. Ao pé do túmulo cantou-se “Graças Dou” e a sua música predileta “Menino da Porteira”, executada por seu neto e genro.
No sábado, dia 07 de junho, foi oficiada uma Missa de Sétimo Dia, na igreja Católica e no domingo, dia 08, um Culto Memorial, na Igreja Episcopal Anglicana, dirigido pelo Reverendo Hermes, com liturgia especial e quarteto de cantores, formado pela família (sua filha, genro, neto namorada).
Magno Eduardo Schuch

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