sexta-feira, 20 de junho de 2008

Saudades da Vó Martina

“Agora, pois, permanecem a fé, a esperança e o amor.” (1 Co. 13:13)
Na última sexta-feira, dia 20/06, perdemos aquela que foi para nós a maior referência desses sentimentos. Perdemos não, porque seu exemplo, sua lembrança e suas lições ficarão conosco para sempre; mas deixamos de contar com sua presença física, com seu abraço caloroso, com suas palavras doces.
A história da vida da nossa Vó Martina resume-se em alguns momentos de grande alegria e outros de profundo sofrimento, situações de conforto e também de extremas dificuldades. Mas esperança, amor e fé nunca lhe faltaram... A esperança da menina que já nasceu sem pai, numa família bastante humilde, cresceu sob a rigidez de um padrasto que não lhe permitiu ser alfabetizada e, mesmo assim, teve sabedoria para ensinar muito àqueles que a rodearam; o amor da jovem que se apaixonou e casou-se, contra a vontade da família aos 16 anos, dando início a uma descendência numerosa e muito unida; a fé da mulher que se firmou em Deus nos seus momentos mais difíceis, mas, principalmente, deu graças a Ele por todas as bênçãos que recebeu. Martina da Silva Cardoso (ou Machado Ramos, como era mais conhecida) foi uma esposa mais do que dedicada ao seu marido Demétrio, especialmente quando o reumatismo tirou-lhe os movimentos; foi uma mãe amorosa, que deu à luz 14 filhos, um dos quais morreu ainda criança, e ainda teve generosidade para criar mais um; foi uma avó cheia de mimos com os seus 69 netos; foi uma “bisa” muito carinhosa para 122 bisnetos; foi uma “tata” querida para os 25 trinetos/tataranetos que tinha ao morrer. Além disso, ao longo de quase 96 anos de vida, que completaria no próximo dia 23/07, acumulou amigos que a admiravam e outros que a adotaram como uma segunda mãe, graças à simpatia e à ternura que dispensava a todos que se aproximavam dela. Por tudo isso, seus atos fúnebres foram marcados por demonstrações de grande afeto; pela fé herdada por seus descendentes, que velaram seu corpo cantando hinos de ação de graças e louvor a Deus; pela beleza das muitas flores recebidas de familiares e amigos, de empresas e instituições; e pela presença das muitas pessoas que tiveram a honra e a alegria de conviver com esse ser tão especial. Vó Martina amou e foi amada intensamente, distribuía sorrisos e bênçãos, contava histórias e fazia piadas. Hoje, ela, que era o nosso sol, transformou-se em estrela: já não ilumina com a mesma intensidade, mas ainda brilha; já não aquece tanto, mas sabemos que nos olha lá do céu. Agradecemos aos demais familiares e a todos os amigos que deram carinho à nossa “vozinha” em vida e hoje nos oferecem a sua solidariedade.
Dos filhos Orlando, Osório, Orêncio, Onofre, Oliveira, Odácio, Odone, Odemar, Otília, Ocenira, Odilon, Onira e Odila, noras e genros, netos, bisnetos e trinetos da Vó Martina.

Nenhum comentário:

Postar um comentário