quarta-feira, 20 de agosto de 2014

Por uma Constituinte Exclusiva e Soberana sobre o Sistema Político

MANIFESTO DE APOIO AO PLEBISCITO POPULAR POR UMA CONSTITUINTE EXCLUSIVA E SOBERANA DO SISTEMA POLITICO
           
Não é de  hoje que o povo brasileiro tem profundo mal  estar com as instituições, com as formas tradicionais de se fazer e pensar a política e a  forma como o poder é exercido e a serviço de quem.  As manifestações de Junho de 2013, de certa forma,  colocaram na ordem do dia a necessidade de mudarmos a política brasileira. ¨Os políticos não me representam" esteve em milhares de cartazes e gritos de quem saiu às ruas.

O “nosso” poder não é alicerçado na  soberania popular. A Constituição de 1988, apesar de definir que todo poder emana do povo, criou poucos  mecanismos de expressão da  soberania popular. Temos um poder alicerçado no poder econômico, que interfere nas decisões de Estado, no desenho das políticas públicas e no processo eleitoral.  Os deputados e senadores ligados ao poder econômico  são três vezes maiores que aqueles ligados aos trabalhadores e as lutas populares. Isso piora a cada eleição.

A grande maioria do Congresso Nacional não quer mudar esta lógica  política. As várias tentativas para se fazer algumas mudanças não tiveram êxitos. Portanto a institucionalidade que deveria processar as transformações almejadas pela sociedade não é capaz de fazer. Seja por falta de interesse,  interesse corporativo ou outros motivos.

Este sistema leva que tenhamos instituições e o Congresso nacional é o espelho disso, onde a maioria do povo não esta representado. Temos um poder  branco, masculino e proprietário, ocasionando a subrepresentação de  vários segmentos nos espaços de poder. Por exemplo, trabalhadores/as,  mulheres, povos indígenas, população negra, juventude, homoafetiva, das periferias das cidades,  camponesa etc.
           
A Constituição de  1988, apesar de  avançada nas chamadas questões sociais, avançou  quase nada em relação ao sistema de poder, seja o sistema político, a sobremacia do poder econômico, a  estrutura  agrária e urbana, o sistema financeiro, etc.

Para mudar isso, somente um processo político profundo, radical que se de no seio da sociedade.  Um processo desses somente uma constituinte é capaz de produzir.  Mas um processo  constituinte  diferente do que foi a  de 1988.

Uma constituinte exclusiva e soberana do sistema político. Um processo constituinte que tenha mecanismos de democracia direta para o povo decidir as  grandes questões. Um processo constituinte exclusiva, onde não é o congresso que  faça (como foi a de 1988), mas onde o povo escolhe seus/as  representantes com  regras próprias que rompam com as regras das atuais eleições,  soberana que não esteja submetida a vontade do poder executivo, legislativo ou  judiciário.

Por isso apoiamos a realização do plebiscito popular sobre a convocação de uma constituinte exclusiva e soberana do sistema político. Plebiscito este que será realizado na primeira semana de setembro com a pergunta “Você é a favor de uma Constituinte Exclusiva e Soberana sobre o Sistema Político?”.

SIM, SOMOS A FAVOR

Este manifesto é assinado e repassado para mais adesões por intelectuais, ativistas, artistas, lideranças populares e ecumênicas. E nos ajuda a refletir sobre o assunto.

sexta-feira, 15 de agosto de 2014

Ordenação Diaconal de Eva Arrieche será no domingo, 31 de Agosto, Dia Diocesano das Pessoas com Deficiência

A Diocese Meridional, através do bispo diocesano, Dom Humberto Maiztegui Gonçalves, convida para a Ordenação Diaconal de Eva Arrieche, que será no domingo, 31 de Agosto, Dia Diocesano das Pessoas com Deficiência, as 19 horas, na Catedral Nacional da Santíssima Trindade, Rua Andradas, 970, Centro, Porto Alegre.
 Eva Arrieche escolheu como lema de sua ordenação: 
"Deus, na sua graça. me chamou para servi-lo." Gálatas 1:15

quinta-feira, 14 de agosto de 2014

Dia Diocesano das Pessoas com Deficiência (31 de agosto)

Sirvam uns aos outros, cada qual com o dom que recebeu” (I Pe 4.10).

Paz e Bem

A semana que antecede o último domingo do mês de agosto representa em nossa Diocese um tempo onde somos solicitados a refletir sobre assuntos relacionados as pessoas com deficiência. Vimos sugerir aos irmãos e irmãs que no dia 31 de agosto essa lembrança seja feita em suas paróquias e comunidades.

Sugerimos que uma palavra seja tomada como referência e que a partir dela se faça uma reflexão a respeito de nós mesmos: ATITUDE.

Atitudes geram barreiras;
Atitudes constroem pontes.
Atitudes dizem muito;
Atitudes abafam vozes.
Atitudes criam espaço acolhedores;
Atitudes chamam para perto;
Atitudes afastam...
Atitudes ferem;
Atitudes curam.

Como têm sido as nossas atitudes diante da realidade de pessoas que possuem necessidades diferentes das necessidades comuns a maioria? Pessoas que não pedem privilégios ou compaixão, mas apenas condições para desempenharem a missão que lhes foi atribuída por Deus da mesma forma que a todos Seus demais filhos e filhas, ou seja, a de participantes e responsáveis por um mundo mais justo. 
E como Igreja, o que temos feito para auxiliá-las a superar suas dificuldades? Para nos aproximarmos delas e para eliminar o que as impedem de aproximarem-se de nós? 

Temos em Nosso Senhor Jesus Cristo inspiração, motivação e o exemplo das melhores atitudes a seguir em nosso ministério, ordenado ou leigo.
Sugerimos ainda que pessoas com deficiência, familiares e entidades afins sejam convidadas a participar do culto. 

Nossa Pastoral retomou suas atividades após dois anos sem um trabalho efetivo. Por essa razão voltamos a lembrar às paróquias sobre a doação de parte da coleta desse dia para o desenvolvimento desse trabalho. 
Pedimos que nos incluam sempre em suas orações, assim como rogamos a Deus por todos.

Na paz do amor de Cristo 

Eva Arrieche
Coord. Pastoral

Como inspiração, enviamos um pequeno texto, bastante conhecido e muito sugestivo.
Olimpíadas Especiais
Há alguns anos, nas Olimpíadas Especiais de Seatle, nove participantes, todos portadores de deficiência mental ou física, alinharam-se para a largada da corrida dos 100 metros rasos. Ao sinal, todos partiram, não exatamente em disparada, mas com a firme vontade de dar o melhor de si, terminar a corrida e ganhar.
Todos, com exceção de um rapaz que logo na saída, tropeçou, caiu rolando e começou a chorar.
Os outros oito ouviram o choro, diminuíram o passo, olharam para trás e voltaram. Todos eles. 
Uma das garotas, com síndrome de Down, ajoelhou, deu um beijo no rapaz e disse: “Pronto, agora vai sarar.”
E depois de ajudar o atleta caído a levantar, todos os nove competidores deram-se os braços e andaram juntos até a linha de chegada.
O estádio inteiro levantou e os aplausos duraram muitos minutos. 
As pessoas que estavam ali, naquele dia, continuam repetindo essa história até hoje. Por quê? 
Porque lá no fundo, nossa convicção é que todos temos que atingir a linha de chegada, mesmo que  isso signifique diminuir o passo e mudar de rumo.